8/10/2006

Leia ...Você pode estar precisando ...


Trecho do livro " O Pequeno Prícipe"

Algumas pessoas que eu achava que conhecia estão precisando dele... Aí pensei: Talvez vocês também estejam precisando dele....Talvez o mundo esteja precisando dele...

" Tem gente que machuca os outros, tem gente que não sabe amar. Mas eu sei que um dia a gente aprende, se você quiser alguém em quem confiar : CONFIE EM SI MESMO! Quem acredita sempre alcança!

"E foi então que apareceu a raposa:
-Bom dia, disse a raposa.
-Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
-Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
-Quem és tu?perguntou o principezinho.Tu és bem bonita...
-Sou uma raposa, disse a raposa.
-Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
-Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
-Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
-Que quer dizer “cativar”?
-Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
-Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer “cativar” ?
-Os homens, disse a raposa, tem fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?
-Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?
-É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços...”
-Criar laços?
-Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
-Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor...Eu creio que ela me cativou...
-É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
-Oh! Não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
Num outro planeta?
-Sim.
-Há caçadores de raposa nesse planeta?
-Não.
-Que bom ! E galinhas?
-Também, não.
-Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua idéia.
-Minha vida é monótona. Eu caço galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem um também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como de fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. Então será maravilhoso quando tiveres me cativado. O trigo ,que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
-Por favor...cativa-me! Disse ela.
-Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
-A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
-Que é preciso fazer ? perguntou o principezinho.
-É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, a cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
-Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Seu tu vens , por exemplo, às quatro da tarde, desde ás três começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada : descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração...É preciso ritos.
-Que é um rito?perguntou o principezinho.
-É uma coisa muita esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo,possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha . Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
-Ah! Eu vou chorar.
-A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
-Quis, disse a raposa.
-Então, não sais lucrando nada.
-Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
-Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
-Vós não sois absolutamente iguais a minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela é agora única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
-Sois belas, mas vazias, disse ele ainda: Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é porém mais importante que vós todas, pois foi ela que eu reguei. Foi ela que pus sobre a redoma. Foi ela que abriguei com o paravento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
-Adeus, disse ele...
-Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
-O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
-Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
-Eu sou responsável pela minha rosa...respondeu o principezinho a fim de se lembrar."

10 Comentários:

Às 7:33 PM , Anonymous Anônimo disse...

O Pequeno Grande Livro.

Uma aula.. simples.. assim como mts coisas na vida. Pouco valorizado..

Seu Blog tá massa, Carla.
Vivo com a cabeça em Marte e estou sem pc, por isso não venho muito aqui. ;/

ihhihaihiohaiha

 
Às 7:44 PM , Anonymous Anônimo disse...

Ser responsável pela rosa...
vc quis me dizer alguma coisa carlita gatooona?

 
Às 9:01 PM , Blogger Débora Suellen disse...

Lindo texto, ralmente somos responsaveis por aquilo que cativamos =]
Lição de vida...
perfect!

 
Às 10:26 PM , Anonymous Anônimo disse...

Pequeno principe eh bala xD

leio acho q uma vez a cada 2 anos xPP

 
Às 12:50 AM , Anonymous Anônimo disse...

Cássio colocou quase o mesmo trecho no fotolog dele.
Esse livro é bonzinho demais, li numa manhã como castigo por ter ido de sandália para o colégio.

Beijão Carlita.

 
Às 9:34 AM , Anonymous Anônimo disse...

realmente somos responsável pelo que cativamos! somos responsáveis por tudo aquilo que nos cerca e que cercamos!
Carlinha amore, linda essa parte do livro! to com saudades!! buaa!! hauhauaha... te adoro amioga! bjinhus!

 
Às 4:15 PM , Anonymous Anônimo disse...

este livro é lindo!!!AMo!!não vai se esqucer da coluna......bjos

 
Às 5:52 PM , Anonymous Anônimo disse...

amiga,
eu jah li esse livro algumas vezes e adoro...mas hj,qnd li esse trecho no seu blog, ele teve um sentido mt especial p mim!!
continue escrevendo sempre!!
te adoro demais!
bjuss

 
Às 2:47 AM , Anonymous Anônimo disse...

Gostei de reler este trecho hoje. foi útil. Serviu para eu mandar diretamente para alguém que parece ter esquecido o que écriar laços.

 
Às 1:16 AM , Anonymous Anônimo disse...

Gostei de seu comentário lá!

 

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